Os dinamarqueses são considerados os mais felizes do mundo, e Copenhague, o melhor lugar para se viver. O que já serve de recomendação para conhecer a cidade e o povo. Sem falar na beleza da capital dinamarquesa, com castelos e prédios imponentes, uma mescla de design moderno e arquitetura antiga.
Muitos fatores contribuem para essas classificações. A capital dinamarquesa valoriza a mobilidade urbana: as bikes são importante meio de transporte da população – elas estão por toda parte e servem para lazer, trabalho, fazer compras, levar as crianças à escola e até ir a festas. Em Copenhague existem 400km de ciclovias.
As regras de trânsito são respeitadas, e a cidade é como um grande parque, criada para proporcionar lazer aos moradores. É possível conhecer a maior parte dos pontos turísticos de Copenhague caminhando.
O povo não é dos mais efusivos, como os brasileiros, mas educado e prestativo. Os cumprimentos são com aperto de mão e, quando muito, um abraço. Beijinhos, nem pensar. Não é preciso temer a falta de comunicação por não falar ou entender dinamarquês, o inglês é uma língua amplamente difundida.
Como em qualquer viagem não existem pontos turísticos obrigatórios. Tudo depende do interesse do visitantes. Mas algumas recomendações sempre ajudam na hora de montar o roteiro.
Diversão e cultura
Vale a pena começar pelo Jardim de Tivoli, o segundo parque de diversões mais antigo em funcionamento do mundo, inaugurado em 1843.
O parque é antigo, mas os brinquedos são modernos, como o Star Flyer (Himmelskibet), um dos mais alto carrosséis do mundo, com 80m de altura. É importante observar que a maioria dos brinquedos estão fechados durante o inverno.
No restante do ano, há apresentações de música ao vivo em diversos pontos do Tivoli. Da música moderna à clássica.
As atrações, no entanto, não se restringem a passeios e brincadeiras: ali, estão alguns dos melhores restaurantes da cidade.
O parque recebe mais de 4 milhões de visitantes todos os anos. São 85 hectares de jardins para caminhar. À noite, mais de 100 mil luzes iluminam o local. A entrada no parque é paga, assim como os brinquedos. O parque fica no centro de Copenhagen e ao lado da estação central de trens. O funcionamento é normal de abril a setembro, e tem horário reduzido no restante do ano.
Cartão postal
O Porto de Nyhavn, com seus canais, é um dos principais pontos turísticos e cartões postais da Dinamarca. O canal escavado em 1672, durante o reinado de Christian V, tinha como objetivo permitir que os navios trazendo mantimentos e produtos chegassem até o centro da cidade.
As casinhas pitorescas e coloridas foram totalmente restauradas. A de número 9 é uma das mais antigas da Europa e data de 1681. O escritor símbolo da Dinamarca, Hans Christian Andersen, viveu em três dessas casas e ali escreveu muitos de seus contos infantis, como O Patinho Feio e A Pequena Sereia.
Com o tempo, o espaço passou a dar lugar a bares, restaurantes, lojinhas de souvenirs e antiguidades. É ponto de encontro dos dinamarqueses e também dos turistas.
Os barcos e o nascer e por do sol são atrações à parte.
No final do porto, a grande âncora memorial homenageia os 1.700 soldados mortos durante a 2ª Guerra Mundial.
Um pouco de história
Se o interesse for conhecer prédios históricos, o do Prefeitura (Rädhuspladsen), construído entre 1892 e 1905, guarda na torre de 106mts um dos relógios astronômicos mais famosos do mundo: o Jens Olsen’s World Clock.
Concebido pelo serralheiro dinamarquês Jens Olsen, além de horas, segundos e minutos, o relógio indica posições do sol, da lua e das estrelas e prevê eclipses solares e lunares. Tem mais de 15 mil peças e rodas dentadas: a mais rápida dá uma volta em 10 segundos, e a mais lenta, a cada 25.753 anos. O relógio foi inaugurado em 15 de dezembro de 1955, dez anos depois da morte de Olsen.
Realeza e poder
O Palácio Amalienborg é a residência oficial da família real dinamarquesa desde 1794. São quatro palácios distribuídos ao redor de uma pracinha, com a estátua do rei Frederick V no centro. Dois deles são abertos à visitação. Em um deles está o museu. Para tirar fotos no interior é preciso pagar uma taxa.
O castelo Rosenborg fica dentro do Jardim Real e é a residência oficial de verão da família real.
O Christiansborg é sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Foi construído em 1167 e reconstruído após um incêndio.
Copenhagen do alto
A visita à Rundetarn ou Torre Redonda exige um pouco de preparo físico. Tem 35mts de altura, mas o acesso é por uma rampa em espiral o que torna necessário subir 209mts. Foi construída no século 17 para ser um observatório astronômico e é o mais antigo da Europa em funcionamento. Do alto, é possível ver toda a cidade.
Quando ir
O inverno da Dinamarca é muito frio e com poucos períodos de sol. Muitas das atrações da cidade têm o horário de funcionamento reduzido, e a população costuma se recolher a suas casas. Por isso, as melhores épocas para conhecer o país são o final da primavera, o verão e o início do outono.
Dicas
* Brasileiros não precisam de visto. Podem permanecer no país até por 90 dias como turistas.
* Copenhagen é super organizada e limpa. Além de muito segura.
* O melhor lugar para se hospedar é no centro da cidade, o que permite o acesso a qualquer dos pontos turísticos que se queira visitar.
* A Dinamarca não aderiu ao euro, a moeda do país é a coroa dinamarquesa.
* Muitas das tomadas nos hotéis têm botão de ligar e desligar.
* O transporte público é muito eficiente e pontual.
* O preço do transporte público é determinado pela distância percorrida.
* O seguro de viagem é obrigatório na Europa.
* Mesmo no verão, vale levar um casaquinho.