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Um almoço na Pastasciutta do Boulevard Laçador

Depois de fechado desde as enchentes que atingiram o Estado, a Cantina Pastasciutta do Boulevar Laçador reabre, com o tradicional cardápio italiano,que brilha também em Gramado e em Atlântida

A burrata com tomates confit, perfumados com manjericão, acompanha fatias de pão tostadas e foi a entrada desse almoço pré feriadão

Como prato principal, é possível escolher entre os 18 tipos de massa, simples ou recheadas, e o molho desejado

Ou ficar com um prato especial, como esse Taglierini verde com bacalhau em lascas ao molho de nata com parmesão, brócolis, tomate em cubos e cheiros verdes

Uma opção perfeita, aliás, recomendação do gentil gerente da casa

Na hora da sobremesa, uma escolha pra lá de italiana: tiramisú

Culinária árabe é estrela do restaurante Levante

A culinária do Oriente Médio é a inspiração do cardápio do Levante, novo restaurante instalado no Food Hall Dado Bier (Shopping Bourbon Country). A leveza da cozinha mediterrânea é combinada com a grande variedade de especiarias típicas.

No cardápio, o que há de mais representativo nessa mesa. A começar pelo hummus, pasta de grão de bico com tahine, azeite, páprica e pão laffa, que pode ser combinado com outros ingredientes, como kebab, falafel, camarão ou cordeiro.

Entre os sanduíches, shawarma falafel ou kebaba clássico ( pão persa, carne de gado assada, pasta de alho, hummus, tahine picante, tomate, picles de pepino, alface, salsinha e cebola roxa).

Na categoria Para Compartilhar, o babaganoush (pasta de berinjela defumada, tahine, tomate, tomate, cebola roxa e romã, acompanhado de pão laffa).

Vale a pena conferir as delícias dessa culinária leve e com sabores marcantes

Vinho, fé e boa mesa em Vila Flores

Pousadas de capuchinhos são opção de turismo na Serra Gaúcha

Uma forma diferente de turismo une fé, mesa farta, lazer, bons vinhos, cultura e história. Na pequena Vila Flores, a 180km de Porto Alegre, na Serra Gaúcha, a Vila dos Capuchinhos engloba duas pousadas com águas termais, vinhedos, trilhas, religiosidade e muita gastronomia.

No início, em 1896, os missionários capuchinhos vindos da França se estabeleceram em Garibaldi. Em 1949, construíram o seminário dedicado a São Francisco de Assis, em Vila Flores, então distrito de Vacaria, para estudantes religiosos, chegando a abrigar 300 seminaristas. Como precisavam de fonte de renda para o auto-sustento, sob influencia do Frei Fabiano, plantaram as 3.000 mudas que dariam origem aos vinhedos, que hoje dividem espaço com bosques e lagos nos 32 hectares de área da propriedade.

Com o passar do tempo, houve a redução do interesse pela formação religiosa, então os freis resolveram se dedicar a promover turismo e outras atividades agrícolas, além da pastoral. O antigo prédio do seminário foi, então, transformado em pousada e os principais atrativos passaram a ser as piscinas de águas termais (a 44 graus) e a vinícola.

Em agosto deste ano, no dia 11, dedicado a Santa Bárbara de Assis, foi inaugurada a mais nova pousada, que leva o nome da Santa e é contígua à de São Francisco de Assis, onde funcionava o seminário.

Os hóspedes das duas pousadas podem desfrutar do Benedetto Corso, passeio de tuc-tuc com trator guiado por um dos frades, culminando com um brinde com espumante no mirante em meio aos parreirais.

As refeições são oferecidas nos restaurantes Fratello Sole e Sorella Luna, com mesa farta, repleta de delícias da imigração italiana.

O café da manhã é um desafio à gula.

Aos domingos à tarde, os não hóspedes podem compartilhar do Café dos Frades, na Osteria del Frati, uma representação completa dos tradicionais cafés servidos pelos imigrantes aos religiosos em visita a suas residências e comunidades. O frade era recebido com mesa farta de comidas típicas, doces e salgadas.

Cave dos Frades

A vinícola, sob o comando do frei Djair Galvan, produz vinhos de mesa, vinhos finos (Moscato, Merlot, Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Cabernet Franc, Pinot Noir e Tannat), suco de uva, um vinho licoroso e o Vinho Santo. Este último, conhecido como Vinho de Missa, tem regras impostas pelo Vaticano: deve ser elaborado com uva sã, sem conservantes e ter uma autorização especial do Bispo. Elaborado com uva Isabel, segue o estilo do vinho do Porto e tem graduação alcóolica de16%. É harmonizado com sobremesas e chocolate.

Duas experiências são oferecidas aos hóspedes: o jantar à luz de velas em meio a gigantescas pipas de madeira e a cerimônia de dividir o pão na távola rústica, com 13 lugares, que reproduz a mesa da Santa Ceia, quando são servidos o pão ázimo acompanhado do vinho Santo, embalados por cantos gregorianos.

Vila Flores

O pequeno município de 3.500 habitantes tem uma população predominantemente de descendentes italianos e foi emancipado em 1988. Integra o Roteiro Termas e Longevidade, que inclui os municípios de Nova Prata, Protásio Alves, Veranópolis e Cotiporã. Em passeio pela cidade, vale visitar a Igreja Matriz, com lindos vitrais.

Imperdível uma chegada até a Villa do Pão, instalada na Casa Fiori, uma das antigas construções da cidade, com 110 anos. Uma tentação, onde tudo lembra cozinha de casa de vó.

Dos paninhos de crochê às compotas e geleias, dos pães aos biscoitos, além das irresistíveis cuecas viradas.

No local, funciona também um pequeno museu de utilitários dos imigrantes que povoaram Vila Flores.

O chá de aniversário do Catherine

O restaurante Catherine, em Gramado, que reverencia a alma feminina e homenageia Catherine di Médici, marcou uma das comemorações de aniversário de um ano com a inspiração em outra Catherine, a de Bragança, a infanta portuguesa que foi esposa do rei Carlos II e rainha consorte da Inglaterra, da Escócia e da Irlanda, de 1662 até 1685.

Enquanto a di Médici, a nobre italiana que se tornou rainha consorte da França, revolucionou a gastronomia francesa e as boas maneiras à mesa, a de Bragança foi responsável por tornar moda, primeiro entre os nobres, e mais tarde pelos ingleses, o ritual de tomar chá na Inglaterra e de utilizar louças de porcelana. É bem verdade que o costume de beber chá remontava ao terceiro milênio a.C, mas Catherine de Bragança levou de Portugal o hábito de consumir o chá com frequência.

Um chá pra lá de especial marcou a tarde de comemoração de aniversário do restaurante gramadense, com cardápio com toque franco-brasileiro comandado pelo chef da casa Nicolas Heckel, que levou à mesa deliciosas opções de doces e salgados.

Como registro da influência da Catherine di Médici: os macarons. O toque francês nas chouxs, no nougat, nas madeleines.

O chá créme brülée chegou perfumando o ambiente e agradando o paladar com uma delicadeza que harmonizava perfeitamente com as receitas. Espumantes complementavam a experiência.

Os salgados trouxeram a característica da gastronomia francesa com a grande valorização da estética.

Irresistível o petit gâteau de pistache acompanhado de sorvete e frutas vermelhas

O mais surpreendente da tarde foi a sobremesa de cogumelo em chocolate branco, representando um lindo jardim florido. Delicada e saborosa.

Ao final, o pedido de todos é de que o chá, assim como na Inglaterra, se torne frequente no restaurante Catherine.

Mesa do chef é novidade na volta do Hashi

O restaurante Hashi está de volta, em nova casa. Mais aconchegante e moderna, traz como uma das novidades: a mesa do chef, em que até quatro clientes têm o privilégio de acompanhar de pertinho o trabalho da cozinha e ainda degustar menus especialmente preparados pelo chef Carlos Kristensn. São muitas surpresas com ingredientes tratados com toda a delicadeza característica do Hashi. É uma experiência inesquecível.

A experiência de estar no centro da produção das delícias do Hashi

Existe muita memória afetiva quando o assunto é boa mesa. E, para quem estava com saudade dos sabores internacionalmente locais do premiadíssimo chef, há agora a oportunidade de saboreá-los novamente, porém com novas roupagens.

O menu, no entanto, vai muito além das lembranças do sucesso da casa: ingredientes da região ganham destaque como elemento principal ou complemento dos pratos. É possível encontrar a tainha em forma de sashimi ou o tradicional magret de pato com laranja kinkan e purê de queijo.

As descobertas podem ir além, como a oportunidade de satisfazer um desejo confessável. Se surpreender com a harmonia presente na vieira com foie gras e figo tostado ou experimentar o inusitado limão-caviar. Um saboroso desafio ao paladar.

Falar do Hashi não é apenas falar de boa mesa, serviço impecável, adega de qualidade ou uma arquitetura moderna, com destaque para o painel da artista plástica Heloisa Crocco. Falar do Hashi é falar de uma relação amorosa com a gastronomia, onde o casal Carlos e Lu comanda uma equipe jovem, entusiasmada e que prima pelo detalhe, com o objetivo de oferecer prazer aos comensais.

É poder sentir a emoção do chef ao compartilhar a cozinha com clientes amigos e com outros que apenas começam a descobrir as delícias da casa. Ir ao Hashi é viver uma deliciosa viagem pelo sabor da cozinha internacionalmente local.

As fotos são da especialíssima Letícia Remião, com quem tive o prazer de compartilhar os muitos sabores no dia da inauguração da mesa do chef no Hashi.