“O amor é tão importante como a comida, mas não alimenta.”
Ler Garcia Márquez pode se transformar em uma aventura gastronômica. Na maioria das histórias do escritor colombiano são apresentados diferentes pratos preparados com alimentos do mar ou extraídos das savanas, plantações e pântanos da região norte da Colômbia.
O leitor de Gabo pode conhecer o croquete de aipim que Santiago Nasar costumava comer no café da manhã, em Crônicas de uma Morte Anunciada; o chocolate espesso e quente que fazia levitar o padre Nicanor Reyna, em Cem Anos de Solidão, ou as “berinjelas do amor” que preparou Fermina Daza para Florentino Ariza em O Amor nos Tempos do Cólera. São mais de 50 milhões de livros vendidos em 36 idiomas.
O autor
Gabriel Garcia Márquez nasceu em 6 de março de 1927, em Aracataca, na Colômbia. Morreu em 17 de abril de 2014, na Cidade do México. Jornalista e escritor foi o criador do realismo fantástico na literatura latino-americana. Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, em 1982. Em 2007, Cem Anos de Solidão foi adaptado para o cinema. Em 2009, Garcia Márquez anunciou sua aposentadoria. Em 2013, o irmão de Gabo disse que o escritor sofria demência e, em abril de 2014, o escritor colombiano acabou falecendo.
Ficção e realidade
O livro “O Amor Nos Tempos do Cólera”, de Gabriel García Márquez, foi publicado em 1985, inspirado na história de amor dos pais do escritor. O pai, Gabriel Elígio García, era telegrafista e se apaixonou por Luiza Márquez. No entanto, o romance não foi aprovado pelo pai da moça, o coronel Nicolas, que impediu o casamento a enviando para o interior durante um ano. E o casal, mesmo assim, ficou se comunicando por cartas, casaram e tiveram 11 filhos, incluindo Gabriel Garcia Márquez, conhecido como Gabo.
O pavor a berinjelas
O livro conta a história de amor entre Fermina e Florentino. Florentino é telegrafista e conhece a jovem Fermina ao entregar cartas para o pai dela. Eles passam anos trocando às escondidas correspondências de amor, até que Florentino a pede em casamento. Fermina reluta um pouco, mas responde que casa com a condição de que ele nunca a faça comer berinjelas.
O pavor de berinjela a persegue desde pequena, quando seu pai a obrigou a comer sozinha um ensopado que era para seis pessoas. Depois, lhe deram óleo de rícino para curá-la do castigo. Como se isso não fosse suficiente, Fermina ainda achava que berinjela tinha cor de veneno.
“Então foi Florentino Ariza que se viu à cara da morte, essa mesma tarde, quando recebeu um envelope com uma tira de papel arrancada da margem de um caderno escolar, e com a resposta escrita a lápis em uma só linha: ‘Está bem, me caso com você se me promete que não me fará comer berinjelas’” (O Amor nos Tempos do Cólera)
O pai de Fermina descobre as cartas de amor entre os dois e leva a filha para outra cidade. Os pombinhos ainda se comunicam por cartas durante mais dois anos, até que, um belo dia, Florentino vê Fermina na rua e ela faz um sinal para que ele não se aproxime. Logo em seguida, ela se casa com o médico Juvenal Urbino. A jovem até é feliz no casamento, mas precisa enfrentar a sogra que cozinha berinjela todo santo dia em homenagem ao marido morto.
Berinjelas do amor
Num dia, em um jantar, Fermina prova uma iguaria e se apaixona. Não sabe o que é, mas repete a delícia. Até que descobre que se trata de purê de berinjela. A partir daí, as berinjelas passaram a ser servidas em abundância todos os dias, nas suas mais variadas formas, incluindo berinjela recheada. O que faz o esposo muito feliz.
“Eram tão apetecidas pelo doutor Juvenal Urbino que ele alegrava os tempos da velhice dizendo que queria ter outra filha para lhe pôr o nome bem amado na casa: Berinjela Urbino” (O Amor nos Tempos do Cólera)
Cem Anos de Solidão
Gabriel García Márquez tinha 40 anos quando foi publicado, no dia 30 de maio de 1967, Cem anos de solidão. Morava no México há seis anos, com a mulher, Mercedes Bacha García, e o filho. Não fazia muito sucesso como escritor e jornalista. Entregou à Mercedes toda a sua economia de 5 mil dólares para passar os 14 meses seguintes elaborando a obra. O livro não vinha, o dinheiro não dava. Carro, joias e utensílios foram penhorados.
Quando concluiu a obra, não tinha dinheiro para enviar os originais para seu editor. Enviou apenas metade do romance. Depois da publicação, rapidamente se tornou um dos grandes nomes da literatura latino-americana. O romance já vendeu mais de 50 milhões de exemplares mundialmente e foi traduzido para 36 línguas.
Em Cem Anos de Solidão, através da saga de sucessivas gerações do clã dos Buendía, Gabo trouxe a história da civilização ocidental. Recorrendo, para tanto, a textos bíblicos, descobertas do Renascimento, das grandes navegações, das lutas de independência do século 19 e das ditaduras.
Café colombiano
Importante produtora de café, a Colômbia tem seus produtos reconhecidos mundialmente. E esse é ingrediente presente na maioria dos livros de Gabriel Garcia Márquez
“Na frente dela, a cega mexia o café, as pupilas mortas fixas na borda de ladrilhos do corredor, onde havia uma fileira de vasos de ervas medicinais”. (Os Funerais de Mamãe Grande).
“Há mais de trinta anos havia renunciado ao hábito do café por imposição de seus médicos. Mas dissera: ‘ Se alguma vez tiver a certeza que vou morrer, tornarei a tomar café’. Talvez a hora tenha chegado
– Traga também um café – pediu num francês perfeito. E explicou, sem reparar no duplo sentido: – À italiana, desses que levantam um morto.
Tomou-o sem açúcar, devagar, e depois, colocou a xícara de boca para baixo, para que o sedimento do café, após tantos anos, tivesse tempo de escrever seu destino”. (Boa Viagem, Senhor Presidente).
“O padre, que além do café havia pedido, por conta dela, um cálice de grapa, tentou fazer que ela visse a inconsistência de seu julgamento”. (Dezessete Ingleses Envenenados)
“Fermina Daza se manteve firme na noção rural de que os mortos não pertencem a ninguém mais que a família, e que seria velado em casa com café preto e almojábanas (semelhante ao pão de queijo), e com a liberdade de cada qual chorá-lo como quiser” (O Amor nos Tempos do Cólera)
“De indiferente e irregular que havia sido até então à mesa, mudou para igual e austero até o fim de seus dias: uma taça grande de café preto no desjejum, uma posta de peixe cozido com arroz branco, no almoço, e uma taça de café com leite com um pedaço de queijo antes de dormir. Bebia café preto a toda hora, em qualquer parte em qualquer circunstâncias e até trinta xicrinhas diárias: uma infusão igual a petróleo cru que preferia preparar ele mesmo, e que sempre teria ao alcance da mão.” (O Amor nos Tempos do Cólera)
“Tomei banho enquanto passava o café, bebi uma caneca adoçada com mel de abelhas e acompanhada por duas broas de farinha de mandioca, e vesti o macacão de brim de ficar em casa” (Memória de Minhas Putas Tristes)
“Não tinham falado de outra coisa em toda a manhã – murmurou Ana , servindo a ele o café – Os homens foram para lá desde cedo”. (Os Funerais de Mamãe Grande)
Banana da terra
Quando Gabo morreu, um de seus amigos próximos não levou flores em sua homenagem, mas sim banana da terra e tortilhas de milho caseiras. Dois dos alimentos favoritos do escritor.
“De manhã cedo, levava-lhe uma caneca de café sem açúcar e, ao meio-dia, um prato de arroz com fatias de banana frita, que era a única coisa que se comia em casa depois da morte de Aureliano Segundo.” (Cem Anos de Solidão)
“Ele pediu ‘um almoço o mais rápido que puder’ e ela, sem tratar de apressar-se, lhe serviu um prato de sopa com um osso pelado e picadinho de banana verde” (Os Funerais de Mamãe Grande)
“Partiu com a ponta da colher os quatro ovos fritos, e dividiu no prato com patacones de banana da terra verde que metia inteiros na boca e mastigava com um deleite selvagem” (O Amor nos Tempos do Cólera)
A importância do peixe
A simbologia está presente com os peixes fritos: eles aparecem momentos antes de ocorrer algum evento decisivo nas tramas das obras de Gabo. Na manhã em que vão matá-lo, Santiago Nasar rejeita um desjejum de pescado frito num boteco do mercado, em Crônica de uma Morte Anunciada.
Em O Amor nos Tempos do Cólera, Florentino Ariza convida América Vicuña, a última de suas amantes, para comer corvina frita, e lhe diz que o tempo de seu romance havia terminado porque ele pensa se casar com Fermina Daza, depois de uma espera de 51 anos 9 meses e 4 dias.
Em O General em seu Labirinto, Simon Bolívar tem uma visão com tainhas assadas pelo sol, faltando poucas semanas para sua morte em Santa Marta.
Na gélida e confusa Paris, Billy Sanchez de Ávila, protagonista de O Rastro de Sangue na Neve, recorda o sabor do peixe frito e do arroz de coco uns dias antes de saber que sua mulher tinha morrido em um hospital sombrio.
Frutos do mar
“Lázara, minha mulher, é cozinheira de ricos. Ninguém preparava o arroz com camarões melhor que ela, e gostaríamos de tê-lo em casa uma noite dessas.
– Fui proibido de comer mariscos, mas vou com muito prazer – disse. – É só dizer quando”.
O presidente serviu-se duas vezes sem medir elogios, e encantou-se com as fatias finas de banana madura e a salada de abacate, embora não tenha compartilhado as nostalgias. (Boa Viagem, Senhor Presidente)
Peixes e arroz de coco
“Lembrava-se do sabor do peixe frito e do arroz de coco nas pensões do embarcadouro onde atracavam as escunas de Aruba”. (O Verão Feliz da Senhora Forbes).
“… até os rapazes de família vestidos a rigor que fugiam das festas de gala do Club Social para comer tainha frita com arroz de coco”. (O Amor nos Tempos do Cólera)
“Fúlvia Flamínea, quase flutuando no ar rarefeito pela voz, serviu-nos o filé grelhado (de moréia) de uma carne nevada com um cheiro esplêndido. Para mim, que desde então preferia o peixe a qualquer outra coisa de comer de terra ou de céu, aquela lembrança de nossa casa de Guacamaya foi um alívio para o coração”. (O Verão Feliz da Senhora Forbes)
A carne
“A especialidade da casa eram costelas de boi na brasa. O presidente e seu convidado olharam em volta, e viram nas outras mesas os grandes pedaços assados com uma beirada de gordura tenra.
– É uma carne magnífica – murmurou o presidente –Mas para mim é proibida”. (Boa Viagem, Senhor Presidente)
“A exceção daquele dia não foi só o café. Também encomendou uma costela de boi na brasa e uma salada de legumes frescos sem outro tempero além de um forro de azeite de oliva. Seu convidado pediu a mesma coisa, mais meia garrafa de vinho”. (Boa Viagem, Senhor Presidente)
“No almoço de terça-feira, nos presenteou com a obra-prima da cozinha castelã, preparada em sua lata de cozinha: coelho com caracóis” (Tramontana)
“Úrsula o havia esperado até as oito, com um prato de carne frita coberto com fatias de cebola”. (Os Funerais de Mamãe Grande)
Posta de bacalhau
“…Destampou um barril de arenques em salmoura que lhe lembrou as noites de nordeste, muito pequena, em San Juan de la Ciénega. Lhe deram a provar a morcilha de Alicante que tinha um sabor de alcaçuz, e comprou dois para o desjejum de sábado, além de postas de bacalhau e um frasco de aguardente de groselha” (O Amor nos Tempos do Cólera)
Nas ruas da Colômbia
“Embaixo das amendoeiras empoeiradas, onde na primeira semana do século acamparam as legiões do coronel Aureliano Buendía, se colocavam mascates, morcilhas, torresmos, empanadas, salsichas, arepuelas (tipo de pastel com massa de milho frito) massa folhada, embutidos, mondongos, cocadas, caldo de cana, entre todas as miudezas.” (Cem Anos de Solidão)
Especiarias
“Na tenda de especiarias, pelo puro prazer do olfato, espremeu folhas de sálvia e orégano na palma da mão, e comprou um punhado de cravos, outro de anis estrelado, e outros dois de gengibre e zimbro, e saiu banhada em lágrimas de riso de tanto espirrar por causa dos vapores da pimenta Cayena”. (O Amor nos Tempos do Cólera).
Comida colombiana
“Fazia calor. A jovem levou à mesa um prato de arroz com feijão e carne frita, e comeu tudo com uma colher. Damasio a mirava com uma espécie de estupor”. (Os Funerais de Mamãe Grande)
“…Úrsula e as crianças suavam em bicas na horda, cuidando da banana e da taioba, do aipim, do inhame, do cará e da berinjela”. (Cem Anos de Solidão)
“Fermina Daza estava na cozinha provando a sopa para o jantar, quando ouviu o grito de horror de Digma Pardo e o alvoroço dos serviçais da casa e em seguida da vizinhança”. (O Amor nos Tempos do Cólera).
Preferências do autor
“Che Guevara dizia que a nostalgia começa pela comida, e a verdade é que em mim a nostalgia sempre começa pelo sancocho (cozido feito com carnes, tubérculos, vegetais e condimentos), pela carimañola (empanada com carne), pelo bocachico (tilápia), pela arepa de ovo (prato de massa de pão feito com milho moído ou com farinha de milho pré-cozido) … a arepa de ovo é algo absolutamente fantástico. A quem teria ocorrido em outro lugar do mundo ter um ovo dentro de uma empanada!
O arroz de coco
“O arroz de coco é totalmente do velho Bolívar grande. Nos povoados do velho Bolívar grande, faz vinte ou trinta anos, ao passar pelas ruas às três da tarde se ouvia o barulho que fazia o ralador de coco em todos os pátios. Agora fazem arroz com o coco rompendo o coco no liquidificador, com as peles que não saem. O coco tem que ser ralado”.
A técnica de fritar o peixe
“Há algo que foi perdido na Costa: a maneira de fritar o peixe. Já não se encontra um restaurante onde vendam peixe frito como verdadeiramente se frita o peixe. Entre outras coisas, porque é anticomercial. A forma correta de fritar o peixe é como fazem em Ciénaga, que é desta maneira: se enche o caldeirão completamente com banha de porco. Quando está fervendo, se frita as postas uma a uma. Nunca todas juntas. Uma a uma. É como fica perfeito o peixe frito. Não se desmancha. Fica compacto e com todo o seu suco e sem gordura”.
Os doces
“Cada cinquenta pontos nos davam direito a uma ração dupla de sobremesa, mas nenhum dos dois havia conseguido passar dos quinze. Era uma pena, de verdade, porque nunca mais encontramos pudins tão deliciosos como os da Senhora Forbes “ (O Verão Feliz da Senhora Forbes).
“Todos os nossos pontos ficavam anulados, e só a partir de vinte voltaríamos a desfrutar de seus bolos de creme, sus tortas de baunilha, seus maravilhosos biscoitos de ameixas, como não haveríamos de conhecer outros no resto de nossas vidas” (O Verão Feliz da Senhora Forbes).
“.. enquanto as gentes da aldeia se espremiam no laboratório, lhes servia doce de goiaba com biscoitinhos para celebrar o prodígio”. (Cem Anos de Solidão)
“Naquela casa extravagante, Úrsula lutava para preservar o bom senso, tendo ampliado o negócio de animaizinhos de bala com um forno que produzia, durante toda a noite, cestos e cestos de pães e uma prodigiosa variedade de pudins, suspiros e biscoitinhos”. (Cem Anos de Solidão)
“Surgiu no meio da algazarra de engraxates, dos vendedores de pássaro, ambulantes, curandeiros e das vendedoras de doces que anunciavam a gritos por cima da gritaria cocadas de abacaxi para as meninas, as de coco para os loucos, as de panela para Micaela”. (O Amor nos Tempos do Cólera)
“Trancou-se em seu quarto às sete. Mas antes da meia-noite, quando supunha que já estava dormindo, a vimos passar com a camisola de colegial levando para o dormitório meio bolo de chocolate e a garrafa com mais de quatro dedos do vinho envenenado”. (O Verão Feliz da Senhora Forbes).
“Úrsula mostrou a ele o que trazia no embrulho: uma muda de roupa limpa, as botinas que seu filho usara no casamento, e o doce de leite que guardava para ele desde o dia em que pressentiu o seu regresso. (Cem Anos de Solidão)
Chocolate para elevar
“… Na mesma noite do regresso, enquanto tomavam chocolate com almojábanas (tipo pão de queijo) no mesão da cozinha, seu pai delegou a ela os poderes para o comando da casa, e o fez com o formalismo de um ato sacramental”. (O Amor nos Tempos do Cólera).
“O rapaz que tinha ajudado a missa lhe levou uma xícara de chocolate espesso. Logo limpou os lábios com um lenço que tirou da manga, estendeu os braços e fechou os olhos. Então o padre Nicanor se elevou doze centímetros acima do nível do solo. Foi um recurso convincente. Andou vários dias entre as casas, repetindo a prova de levitação mediante o estímulo do chocolate, enquanto o coroinha recolhia tanto dinheiro em um saco, que em menos de um mês construiu a igreja”. (Cem Anos de Solidão)
O vinho
“Florentino Ariza, em um estado de exaltação que não tinha conseguido apaziguar com quatro taças de Porto, seguia falando do passado..” (O Amor nos Tempos do Cólera).
“…E depois de tantos anos sem vê-la só para beber Vinho do Porto e comer pão caseiro com picles”. (O Amor nos Tempos do Cólera).
“Depois de uma taça de Porto e meia garrafa de vinho tinto com a comida, e sobretudo depois de uma conversa vitoriosa... (O Amor nos Tempos do Cólera).
“O capitão do barco fez as honras a bordo a Urbino Daza e sua esposa, e a Florentino Ariza, com champanha e salmão defumado. (O Amor nos Tempos do Cólera)
“…A única coisa que podia dizer de olhos fechados quando se servia o vinho branco, e de que lado, e em que taça, e quando se servia o vinho tinto, e de que lado, e em que taça, e não como a rústica da Amaranta, que em paz descanse, que pensava que o vinho branco se servia de dia e o vinho tinto de noite.” (Cem Anos de Solidão)
O chef da noite
Rodrigo Bellora é o idealizador do projeto “Cozinha de Natureza”, chef do restaurante Valle Rústico, em Garibaldi, do Guaraipo Bar e Restaurante, em Farroupilha, e assina o cardápio do Wood Lounge Bar e Restaurante, no Hotel Wood de Gramado. Líder do Slow Food na região do Vale dos Vinhedos. Adepto à ecogastronomia e do farm to table.
O jantar
ENTRADA
Ceviche – peixe branco e chips de banana verde
Arepa e berenjena (Arepa colombiana com milho crioulo e creme de berinjela
As entradas foram harmonizadas com o espumante argentino Las Perdices Brut, elaborado pelo método Charmat, com aroma de frutas cítricas, pêssego e abacaxi.
PRIMEIRO PRATO
Sancocho colombiano (sopa de tubérculos com frango). A surpresa servida pelo chef foram os pés de galinha que acompanharam o sancocho.
Um espanhol Toro Loco Tempranillo 2017 foi servido para acompanhar o prato. Vinho com aromas de cereja e framboesa com leve toque de alcaçuz.
SEGUNDO PRATO
Bandeja Costera (Arroz de coco, peixe e patocon).
Contrariando a tradição de servir peixe com vinho branco ou rosé, foi um tinto chileno Alma Tierra Carignan 2018 que harmonizou com o prato principal. A casta de origem espanhola trouxe frutas vermelhas com um toque de cravo.
SOBREMESA
Enyucado con arequipe y bocadillo (tipo mil folhas de doce de leite e goiabada)
Para encerrar o jantar, café colombiano Três Corações.